Respondendo ao islã

Um Critério Corânico para um verdadeiro profeta

Sam Shamoun & Jochen Katz

Em alguns de nossos artigos temos apresentado o critério bíblico para se distinguir entre um verdadeiro e um falso profeta. Um critério que a Bíblia Sagrada nos dá é que os ensinos de um profeta ou um mensageiro devem estar plenamente de acordo com as revelações anteriores:

“Quando um profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras deste profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis: guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis. Esse profeta ou sonhador será morto, pois pregou rebeldia contra a SENHOR, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o SENHOR, vosso Deus, para andardes nele. Assim, eliminarás o mal do meio de ti.” Deuteronômio 14:1-5

“Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suas suaves palavras de lisonjas, enganam o coração dos incautos.” Romanos 16:17-18.

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.” Gálatas 1:6-9.

“E o amor é ste: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor. Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo afora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo. Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz essa doutrina, não o recebais em casa, nem lhes deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.” II João 6-11

O Alcorão também concordar com estes critérios, pois diz:

“Não é admissível que um ser humano, a quem Allah concedeu o Livro e a sabedoria e a profecia, diga, em seguida, aos homens: ‘Sede meus adoradores, em vez de Allah’, mas que diga: ‘Sede mestres devotos, por haverdes ensinado o Livro, e o haverdes estudado.’ E, também, não é admissível que ele vos ordene tomar os anjos e os profetas por senhores. Ordenar-vos-ia a renegação da Fé, após vos haverdes tornado moslimes? E quando Allah firmou a aliança com os profetas: ‘Seja o que for que Eu vos haja concedido, de Livro e de Sabedoria, se, em seguida, vos chegar um Mensageiro CONFIRMADOR do que está convosco, deveis nele crer e deveis o socorrer.’ Ele disse: ‘Reconheceis e firmai o Meu compromisso com isso?’ Disseram: ‘Reconhecemos.’ Ele disse:Então, testemunhai, e sou convosco, entre as testemunhas.” S. 3:79-81 NASR.

Outras versões traduzem um pouco diferente:

“Quando Deus aceitou a promessa dos profetas, disse-lhes: Eis o Livro e a sabedoria que ora vos entrego. Depois vos chegou um Mensageiro que CORROBOROU o que já tendes. Crede nele e socorrei-o. Então, perguntou-lhes: Comprometer-vos-eis a fazê-lo? Responderam: Comprometemo-nos. Disse-lhes, então: Testemunharei, que também serei, convosco, Testemunha disso. “ S. 3:81

Asad (um tradutor para versão inglesa) notou:

Lit., “a promessa dos profetas”. Zamakhshari sustenta que o que se quer dizer aqui é a promessa extraída da comunidade como um todo: uma promessa consistindo na aceitação da mensagem transmitida através dos profetas. (Fonte)

O antigo Muhammad Ali traduziu-o similarmente a Asad:

E quando Allah fez uma aliança ATRAVÉS DOS PROFETAS: Certamente que tenho vos dado o Livro da Sabedoria – então um Mensageiro vem a vós CONFIRMANDO isto que está convosco, devereis nele crer, e devereis auxiliá-lo. Ele disse: Vós afirmais e aceitais Meu pacto neste (assunto)? Eles disseram: Aceitamos. Ele disse: Então tende testemunhas de que Eu (também) sou uma das testemunhas convosco. M. Ali (Fonte).

Ali explica a razão para essa tradução em uma nota de rodapé:

81a. Mithaq AL-nabiyyin significa literalmente a aliança dos profetas, e além do mais pode significar a aliança dos profetas com Allah ou a aliança dos profetas com seu povo. Como as palavras que seguem estão claramente direcionadas ao povo, os Judeus e os Cristãos sendo particularmente endereçados nestes dois últimos versos, eu adoto a tradução antiga, e além do mais traduzo as palavras significando uma aliança através dos profetas. Tanto Moisés como Jesus puseram um obrigação a seu povo de aceitar o profeta sobre o qual eles profetizaram. Então, através de Moisés, o Deus Todo-Poderoso, avisou os Israelitas após prometendo-lhes “um profeta de entre seus irmãos” e que “qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele.” (Deut. 18:19). E Jesus foi igualmente enfático quando, ao profetizar o advento do Consolador, acrescentou: “ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” (João 16:13). Para falar a verdade o Profeta teve seu advento profetizado por todos os profetas do mundo. O novo testamento testifica a isto: “O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio. Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.” (Atos 3:21, 22). A aliança a que se refere foi feita através de cada profeta em separado quando apareciam pelo mundo. E tal como todos os profetas preveram o advento do Profeta Mohamed e deram a obrigação ao povo de aceitá-lo, igualmente o Profeta Mohamed também disse a seus seguidores para crerem em todos os profetas que já apareceram entre diferentes povos em diferentes eras, e isso está expresso no que se segue. A verdade da primeira declaração de que todos os profetas preveram o advento do Profeta Mohamed é apoiada pela segunda declaração de que o Profeta daria testemunho à verdade de todos os profetas do mundo. (Fonte; ênfases em negrito são nossas)

O precedente é significante por pelo menos duas razões. Primeiro, a Sura 3:81 presupõe que todas as Escrituras anteriores, i.e., a Bíblia Sagrada, são o critério que determina se uma pessoa é um verdadeiro ou falso profeta. O autor do Alcorão essencialmente aceitava o fato de que todos os mensageiros deveriam estar em completo acordo com os ensinos da Bíblia Sagrada, caso contrário deveria ser rejeitado.

Segundo, o único jeito para que Mohamed ou qualquer outra pessoa sejam capazes de confirmar serem um mensageiro que confirma as Escrituras anteriores é se estes Livros permanecem intactos. Se estes textos estiverem corrompidos, então o mensageiro não seria capaz de confirmá-los para que não fosse culpado de autenticar escrituras que Deus não inspirou. E ao falhar em confirmar as Escrituras que estão diantes das outras pessoas, seria levado a uma completa rejeição como mensageiro. O povo consideraria tal pessoa um falso mensageiro e contrário às Escrituras que eles têm em sua posse, as quais veriam como as revelações incorruptíveis de Deus!

Para pôr isso tudo de outra maneira, o único modo de a comunidade dos profetas tanto Judeus quanto Cristãos saberem se alguém como Mohamed foi um mensageiro é se ele confirmou as Sagrada s Escrituras. Mas, se essas Escrituras tiverem sido corrompidas, então não haveria meios para que o povo soubesse quem esse mensageiro era, já que não possuiam mais Escrituras autênticas para que confirmassem. Isso os levaria a concluir que tal pessoa era um falso mensageiro por não confirmar seus textos religiosos!

Não é difícil para os Muçulmanos verem porquê este raciocínio é valido. Apenas imagine outro homem vindo hoje, clamando-se um profeta (ou outro título que cause o efeito de falar com divina autoridade), e que dissesse exatamente o que Mohamed disse, i.e. Que ele veio para confirmar o que os profetas anteriores disseram. Os Muçulmanos o aceitariam como um profeta por confirmar o que Mohamed já disse? Óbviamente a resposta dos Muçulmanos seria não, já que tal pessoas não deveria contradizer os ensinos do Alcorão ou de Mohamed, e ainda que se afirmasse profetam ele contradizeria o testemunho do Alcorão de que Mohamed é o selo dos profetas.

De fato, não é isso o que Baha'ullah (fundador da Fé Bahai) e Mirza Ghulam Ahmad (fundador dos Ahmadias) fizeram? Ambos reconheceram (confirmaram) Mohamed como profeta e o Alcorão como revelação divina, mas adicionaram suas próprias palavras a eles. Seus escritos adicionais foram fundamentais para os movimentos que eles iniciaram. Assim, os Muçulmanos os rejeitam como falsos. Por que rejeitam se esses homens satisfizessem o critério do Alcorão de confirmar a revelação que veio antes deles?

Exatamente como fazem os Cristãos, os Muçulmanos testam as declarações proféticas mais novas com base nas mais antigas – e eles têm o direito de fazer isso. Este tem de ser o fundamento.

O que fora visto deixa os Muçulmanos numa situação difícil. Se o Alcorão deve ser crido, então os Muçulanos devem aceitar o fato de que as Escrituras anteriores foram preservadas e Mohamed teve de confirmá-las como revelações verdadeiras. Ainda, já que essas Escrituras mais antigas dos Judeus e Cristãos (i.e. A Bíblia Sagrada) contradizem os ensinos do Alcorão e Mohamed nos temas mais essenciais, consequentemente significa que Mohamed é um falso profeta.

Em conclusão, Mohamed falha no verdadeiro critério bíblico – aceito pelo próprio Alcorão – para se determinar se uma pessoa é ou não um verdadeiro profeta.

Leituras futuras

Aqui alguns artigos que documentam o critério que a Bíblia Sagrada dá para se distinguir entre verdadeiros e falsos profetas, mostrando como Mohamed falha no critério de ser autêntico.

ttp://answering-islam.org/Green/test.htm
http://answering-islam.org/Shamoun/true_seal.htm
http://answering-islam.org/Campbell/s6c1.html
http://answering-islam.org/Responses/Menj/fatrah2.htm
http://abrahamic-faith.com/shamoun/Is_Muhammad_a_true_Prophet_of_God.html
http://abrahamic-faith.com/mohammed-the-false-prophet.html

Tradutor: Wesley Nazeazeno


* Este artigo é uma tradução de "A Quranic Criterion for a True Prophet" - original here.

* This article is a translation of "A Quranic Criterion for a True Prophet" - original here.

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Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.

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